
-
Sobreviventes de 'campos de estupro' na Bósnia pedem justiça 30 anos depois
-
Trump diz que busca 'um fim real, não um cessar-fogo' para o conflito Irã-Israel
-
Ataques russos deixam 14 mortos em Kiev
-
OpenAI obtém contrato de US$ 200 milhões com o Exército americano
-
Israel afirma que matou o principal comandante militar do Irã
-
G7 pede 'desescalada' no Oriente Médio; Trump retorna aos Estados Unidos
-
Flamengo estreia na Copa de Clubes com vitória sobre o Espérance (2-0)
-
Monterrey estreia na Copa de Clubes contra Inter de Milão, que tenta se reerguer
-
Especialistas em vacinação demitidos pelo governo dos EUA fazem alerta
-
Sem margem para erro, River estreia na Copa de Clubes contra o japonês Urawa Red
-
Trump abandonará prematuramente cúpula do G7 após pedir evacuação de Teerã
-
Benfica arranca empate contra Boca Juniors (2-2) na estreia na Copa de Clubes
-
ChatGPT e outros chatbots de IA são usados como fonte de informação entre os mais jovens, diz estudo
-
Fluminense confia em Fábio, jogador mais velho da Copa de Clubes, para deter o Dortmund
-
Principal médico acusado por overdose de Matthew Perry vai se declarar culpado
-
Saúde de presidenciável colombiano baleado é 'extremamente crítica' após nova cirurgia
-
Chelsea vence Los Angeles FC (2-0) em sua estreia na Copa de Clubes
-
Israel está 'mudando a face do Oriente Médio', diz Netanyahu sobre ataque ao Irã
-
Netanyahu diz que Israel está 'mudando a face do Oriente Médio'
-
Juíza mantém suspensão do veto de Trump a estudantes estrangeiros em Harvard
-
Neymar e outros craques definem futuro no futebol brasileiro
-
Sánchez desafia oposição da Espanha a apresentar moção de censura
-
Defesa Civil de Gaza reporta 20 mortos por tiros israelenses durante distribuição de ajuda
-
Guirassy é 'perigoso', mas Fluminense quer 'neutralizar' todo o Dortmund, diz Renato
-
Israel ataca TV estatal iraniana em Teerã
-
Suposto assassino de congressista dos EUA foi às casas de quatro políticos
-
Venezuela concede nacionalidade póstuma a músico dominicano Rubby Pérez
-
Trump insta Irã a dialogar enquanto G7 busca posições comuns
-
Reino Unido anuncia reformas para 'erradicar' quadrilhas de pedófilos
-
Irlanda inicia preparativos para exumação de 796 bebês mortos em lar religioso
-
Sevilla anuncia o argentino Matías Almeyda como novo técnico
-
Pré-candidato baleado na Colômbia passa por cirurgia de emergência por sangramento cerebral
-
Cidade de El Dorado, o retrato da eterna febre do ouro na Venezuela
-
Luis Zubeldía não é mais técnico do São Paulo
-
Suspeitos são condenados a até 22 anos de prisão por pendurar boneco de Vini Jr. na Espanha
-
Entenda as repercussões dos ataques de Israel para o programa nuclear do Irã
-
Campeão em Stuttgart, Taylor Fritz recupera 4ª posição no ranking da ATP
-
WhatsApp incluirá anúncios em sua plataforma
-
Pai de Jakob Ingebrigtsen é absolvido em julgamento por violência contra o filho
-
França bloqueia acesso a estandes de Israel em feira aeroespacial
-
Ucrânia anuncia que recuperou outros 1.245 corpos em acordo com a Rússia
-
Khamenei, um líder que joga sua vida e seu regime na guerra com Israel
-
Polícia de Minnesota prende suspeito do assassinato de congressista estadual
-
Museu de Verona processa homem que se sentou em cadeira de cristais e a quebrou
-
Irã e Israel prosseguem com ataques no quarto dia de conflito
-
ONU reduzirá drasticamente seus programas de ajuda este ano por falta de fundos
-
Alemanha condena sírio à prisão perpétua por torturar opositores durante o regime de Assad
-
Índia prossegue com processo de identificação das vítimas de acidente aéreo
-
Trump ordena novas operações contra imigrantes em Los Angeles, Chicago e Nova York
-
Polícia de Minnesota anuncia detenção de suspeito do assassinato de congressista estadual

Do K-pop ao Q'pop: o peruano que adaptou o fenômeno global do pop coreano para o quíchua
Ele se parece, soa e se movimenta como um cantor de K-pop, mas na realidade Lenin Tamayo gosta de Q'pop — uma adaptação do fenômeno musical coreano para a língua indígena dos Andes do Peru misturada com o espanhol.
Este 'centennial', de 23 anos, com sucesso crescente no TikTok, juntou o gosto pela glamourosa indústria do K-pop com o pop cantado em quíchua - língua falada por 14% dos 33 milhões de peruanos - para fundir o que ele orgulhosamente chama de "origens".
Lenin grava suas músicas em um modesto e improvisado estúdio de 20 m2, dentro do telhado de uma casa no populoso bairro de Comas, ao norte de Lima.
“Pensei em transferir minhas raízes andinas para a música, misturar o andino com tendências globais como o K-pop. O Q'pop me permite validar minha existência, posso dizer de onde venho (...), é um conceito muito forte e disruptivo", disse Lenin em entrevista à AFP.
O pop quíchua, para ele, é "realmente um protesto" contra a ideia reducionista sobre o mundo andino. Quíchua, ou quechua, também está vivo em algumas regiões do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e Equador.
Lenin compôs todas as letras. Nas canções, ele fala em estar enraizado em sua terra e também sobre "amor e liberdade", desafiando as barreiras linguísticas.
"Você não entende ou não quer entender? / Estou falando em espanhol, quíchua ou inglês. Não importa o idioma, o certo ou errado / Você sabe que não estou mentindo / Eu digo o que eu sinto", canta Lênin em "Imaynata" (‘Como?’, em português), sua obra mais conhecida na internet.
No final de 2022, começou a ser um fenômeno nas ruas e no Tik-Tok, onde hoje conta com quase 198 mil seguidores. Nessa rede, seus vídeos somam 4,2 milhões de "curtidas". Por enquanto, nenhuma de suas composições está tocando nas rádios.
Entre as redes sociais Instagram, YouTube e Facebook, possui mais de 85.300 seguidores, enquanto no streaming de música Spotify atinge uma audiência mensal de 3.800 ouvintes.
- Renovando o Quechua -
O "pioneiro” do pop quíchua no Peru usa o cabelo liso repartido ao meio, no mesmo estilo dos membros do BTS — maiores estrelas do K-Pop, sendo o primeiro grupo sul-coreano a alcançar o sucesso nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Em um fim de semana, no final da tarde, Lenin se apresenta para alguns fãs da cultura K-pop.
Junto com uma calça jeans, um par de tênis e uma camisa preta sem mangas, ele veste um poncho e um cinto grosso com gravuras multicoloridas do mundo andino, enquanto mantém o ar de uma figura pop coreana.
“Você é o melhor cantor que já ouvi!”, lança um adolescente, a quem Lenin abraça em meio a um agradecimento.
“É difícil encontrar canções modernas em quíchua porque quase ninguém faz isso, então eu gosto (de Lenin) porque ele é diferente”, diz Tiara Yoshioka, espectadora assídua das apresentações de rua do peruano.
- Movendo "consciências" -
Nascido em Lima, Lenin Tamayo aprendeu quíchua em casa com sua mãe, Yolanda Pinares, uma cantora de música popular andina nascida na cidade de Cusco - antiga capital do Império Inca.
Ele conta que sofreu "bullying" na escola, mas encontrou uma "comunidade acolhedora" no K-pop.
Hoje ele quer que sua música ofereça a "muitos jovens" a "esperança de que eles possam manter sua identidade e abraçar as tendências mundiais".
“As pessoas entendem o coreano no K-pop?” Lenin questiona, acrescentando que a língua quíchua também pode ser uma “ferramenta para mover consciências devido o potencial sonoro e cultural”.
A língua está chegando aos jovens por meio de gêneros musicais estrangeiros como pop, rap, reggaeton ou trap, diz o crítico musical local, Oscar García.
Para ele, isso se deve ao fato “dos jovens do interior do país não perceberem tanto o folclore como uma música deles".
“Eles respeitam e ouvem onde seus pais (estão), mas se envolvem muito mais com a chamada música urbana, onde se sentem no direito de cantar (em quíchua) o que gostam”, acrescenta García.
H.Jarrar--SF-PST