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Agricultura, construção e turismo: deportação de haitianos afeta economia dominicana
Agamise Cheranfant passa seus dias com medo, escondendo-se assim que termina seu trabalho nas plantações de banana da República Dominicana. Ele é haitiano, não tem documentos e a deportação está à espreita.
Esse medo se estende aos proprietários de produtoras de banana, um setor já duramente atingido que depende muito da mão de obra haitiana. O mesmo se aplica a outras culturas e setores, como o turismo e a construção civil, nos quais a maioria dos trabalhadores também é haitiana.
É um trabalho árduo, com longas horas sob o sol escaldante.
Nas plantações de banana em Mao (noroeste), a maioria dos trabalhadores são haitianos, poucos dominicanos querem trabalhar com isso.
"É muito barato", diz Cheranfant, 33 anos, em um espanhol precário, referindo-se ao baixo salário: 800 pesos por dia, menos de 14 dólares (75,8 reais na cotação atual).
"Estamos sempre com medo, sempre nos escondendo", acrescenta. "Quase todo dia fugimos de manhã, à noite, três da manhã, uma da manhã (...). Você está dormindo com medo; comendo, assustado. Não podemos viver em paz".
Cheranfant já foi deportado três ou quatro vezes, não se lembra bem. Ele sempre volta: sua esposa e três filhos vivem em um vilarejo próximo à plantação.
- Operações "desordenadas"-
A República Dominicana e o Haiti têm uma relação marcada por rancor e desconfiança. O presidente dominicano, Luis Abinader, endureceu a política de migração do país vizinho, que é assolado pela pobreza e pela violência das gangues, o que forçou milhares de seus cidadãos a se deslocarem.
Abinader ordenou a construção de um muro na fronteira e multiplicou as batidas e deportações de imigrantes sem documentos. No primeiro semestre de 2025, mais de 200.000 haitianos foram devolvidos ao seu país.
A associação de construtores (Acoprovi) disse à AFP que essas "operações de repatriação desordenadas" geraram uma "redução na disponibilidade de mão de obra" em tarefas que "não são do interesse dos dominicanos".
Em algumas áreas, a oferta de mão de obra caiu de 40 a 80%.
O turismo, por exemplo, "foi afetado em tarefas como cozinhar", explica Henri Hebrard, economista e consultor dos setores público e privado. "Isso pode afetar a qualidade do serviço".
Os empresários concordam com a necessidade de um plano de regularização.
A Acoprovi propõe a emissão de 87.000 autorizações de trabalho temporário. Os trabalhadores do setor de bananas têm um registro de 15.000 trabalhadores haitianos.
Até o momento, o governo não demonstrou nenhum sinal de flexibilidade em relação a essas demandas.
Antony Florestal, 32 anos, tem documentos vencidos: passaporte, identidade de estrangeiro, carteira de trabalho. Se ele for encontrado em uma batida policial, será deportado.
"Tenho medo", diz Florestal, que trabalha em campos agrícolas desde 2009. "Eu moro aqui (na fazenda), então não saio para a rua", acrescenta.
- Trabalho nômade -
A República Dominicana exporta bananas para vários países da Europa, do Caribe e dos Estados Unidos. O setor agrícola contribui com 5,6% do PIB do país.
É uma indústria em crise. A produção caiu 44% entre 2021 e 2024, de acordo com os números da Adobanano.
Os fenômenos naturais, as pragas e o aumento dos custos de produção se somam à incerteza da escassez de mão de obra.
"Aqui a folha de pagamento é reduzida em mais de 50%", diz o produtor Osvaldo Pineo, entre os que foram deportados e os que retornam ao país. "Outra parte trabalha de forma nômade: hoje eles lhe oferecem o serviço, mas amanhã você não sabe se vai recebê-lo".
"Se você os coloca em um veículo e eles (as autoridades) o verificam, você já é marcado como traficante de imigrantes sem documentos", critica.
I.Saadi--SF-PST