-
Character.AI proibirá que menores conversem com IA após suicídio de adolescente
-
Milei busca acelerar reformas após vitória em legislativas na Argentina
-
Assembleia Geral da ONU pede fim do bloqueio dos EUA contra Cuba, embora com menos votos
-
Rio conta seus mortos após a operação policial mais letal da história do Brasil
-
Dois homens detidos pelo roubo no Louvre admitem parcialmente fatos
-
Cinco membros do maior cartel da Colômbia são mortos em combates com militares
-
Estados Unidos reduzem presença militar na Europa, mas sem 'retirada'
-
Horrorizados, moradores recuperam dezenas de corpos após operação mais letal do Rio
-
Israel anuncia retomada do cessar-fogo em Gaza após bombardeios
-
De Bruyne passa por cirurgia bem-sucedida após lesão na coxa
-
Eleição antecipada nos Países Baixos é considerada um teste para extrema direita na Europa
-
Argentina lança moeda em homenagem à Copa de 2026 e a gol de Maradona contra Inglaterra
-
Putin desafia Trump e anuncia teste com drone submarino com capacidade nuclear
-
Vini Jr. se desculpa por reação ao ser substituído contra o Barcelona
-
Potente furacão Melissa provoca 'danos vultosos' e inundações em Cuba
-
Moradores da Penha recuperam dezenas de corpos após operação mais letal do Rio
-
América Latina na Apec, dividida entre EUA e abertura para a Ásia
-
Trump espera 'grande reunião' com Xi Jinping na Coreia do Sul
-
Furacão Melissa atinge Cuba depois de passar pela Jamaica
-
Israel anuncia retomada do cessar-fogo em Gaza após bombardeios letais
-
Trump lamenta não estar 'autorizado' a disputar 3º mandato nos EUA
-
Trump espera uma 'grande reunião' com Xi Jinping na Coreia do Sul
-
Eleição antecipada na Holanda é considerada um teste para extrema direita na Europa
-
Casa Branca demite comitê que supervisionava planos de construção de Trump em Washington
-
Novos bombardeios israelenses em Gaza deixam pelo menos 50 mortos
-
Colômbia autoriza venda de flor de cannabis em farmácias
-
CEO da Nvidia afirma que bloquear venda de chips para China prejudica EUA
-
Gás, deportações, militares: Venezuela e Trinidad e Tobago entram em choque por EUA
-
Poderoso furacão Melissa atinge Jamaica e agora se dirige para Cuba
-
João Fonseca avança à 2ª rodada do Masters 1000 de Paris; Alcaraz cai na estreia
-
Trinidad e Tobago prepara deportação em massa de imigrantes sem documentos
-
Borussia Dortmund bate Eintracht nos pênaltis e avança na Copa da Alemanha
-
Israel bombardeia Gaza após acusar Hamas de atacar suas tropas
-
Napoli vence Lecce e se isola na liderança do Italiano
-
Trump joga com a relação com a China antes de encontro com 'brilhante' Xi
-
Saliba e Martinelli aumentam lista de desfalques do Arsenal
-
Cenas de guerra no Rio: 64 mortos em megaoperação mais letal contra o crime organizado
-
Cyberbullying afetou saúde da primeira-dama da França, diz sua filha
-
Nigeriano Wole Soyinka, Nobel de Literatura, afirma que EUA cancelou seu visto
-
Netanyahu ordena ataque imediato à Faixa de Gaza
-
De Bruyne passará por cirurgia e ficará afastado por pelo menos 3 meses
-
Poderoso furacão Melissa toca o solo na Jamaica
-
PSG registra faturamento recorde de 837 milhões de euros
-
STF analisará recurso de Bolsonaro contra sentença de prisão em novembro
-
Megaoperação contra o crime no Rio deixa cerca de 20 mortos
-
Forças israelenses anunciam que mataram três palestinos na Cisjordânia
-
Sinner vê como 'impossível' terminar ano como número 1 do mundo
-
Governo dos EUA anuncia acordo bilionário para gerar energia nuclear para a IA
-
Poderoso furacão Melissa está prestes a tocar o solo na Jamaica
-
Hamas entregará restos mortais de outro refém a Israel
'Como faço para comer?': funcionários dos EUA sufocados pelo shutdown
"Tenho que viver", disse Diane Miller, de 74 anos, em um estacionamento nos subúrbios de Washington. Ao seu lado, centenas de funcionários federais atingidos economicamente pela paralisação orçamentária nos Estados Unidos fazem fila em frente a um local de distribuição de ajuda alimentar.
Quando chega a sua vez, ela mostra a sua carteira de funcionária do governo federal e recebe duas caixas: uma de frutas e verduras frescas, outra de alimentos não perecíveis.
Uma ajuda "necessária" desde que sua folha de pagamento consta o número "0".
Desde 1º de outubro, a grande maioria dos funcionários federais está em licença técnica, não demitidos, mas sem remuneração devido ao 'shutdown', a paralisação do governo por falta de acordo entre os republicanos de Donald Trump e a oposição democrata sobre o orçamento dos Estados Unidos.
"É horrível, todos sofremos com isso. Eu trabalhei mais de 50 anos para o governo e agora estou aqui, nesta fila, esperando comida. Sem isso, como faço para comer?, disse Miller, com os olhos marejados.
Para apoiar os funcionários, distribuições de alimentos são organizadas em todo o país.
Na quarta-feira passada, perto de Washington, mais de 310 caixas, cada uma com o equivalente a 75 dólares (404 reais na cotação atual) em compras, foram distribuídas em menos de uma hora.
"Há apenas duas semanas estas pessoas recebiam salário regular e levavam uma vida normal. De repente, se viram sem nada e fazem fila para receber alimentos", lamenta David Silbert, à frente do banco de alimentos que coorganiza a distribuição.
"Ninguém merece ser tratado como estamos sendo atualmente", critica Diane Miller, que trabalha para a Fema, a agência governamental em caso de desastres naturais, que viu seus efetivos reduzidos desde que Donald Trump assumiu o cargo.
Para ela, não se trata mais de fazer gastos "desnecessários", muito menos de ir ao restaurante.
- "Triste por ser americana" -
Na fila de espera, Adrian, que prefere não revelar seu sobrenome por medo de represálias, desabafa: "Mal conseguimos pagar nossos empréstimos bancários e, com as contas diárias, como telefone e tudo mais, é um efeito dominó. Preciso de ajuda. Não deveria ser assim depois de 33 anos a serviço do meu país".
"Todos recebem o seu salário: os deputados, os senadores, mas nós não. Se não nos pagam, eles também não deveriam ser pagos".
Esta especialista em direito tributário aponta o dedo para a política de Donald Trump, e em particular para os cortes drásticos nos empregos federais realizados no início do ano através da sua comissão para a eficiência governamental, Doge, então liderada pelo magnata Elon Musk. "Agora todos nos veem como inimigos, quando estamos apenas fazendo o nosso trabalho".
"Quanto tempo vai durar isso?", se pergunta.
O shutdown, que já tem a duração de 23 dias, é o segundo maior na história do país.
A questão preocupa Amber, funcionária de recursos humanos do exército americano que não quis se identificar. "Tenho muito medo que isso dure muito mais tempo. Estou em uma situação muito precária, em pleno processo de divórcio, e agora, sem salário, tenho muita dificuldade para chegar ao fim do mês", diz ela.
Ela acabou de pedir emprestado 20.000 dólares (107,7 mil reais na cotação atual) para pagar aluguéis.
"Estou aqui hoje porque tenho que alimentar bem os meus dois filhos...", comenta.
"Se isso durar até o Dia de Ação de Graças, e depois até o inverno, será uma catástrofe!", disse Dianne Miller, referindo-se ao final do mês de novembro.
Com um sorriso tenso, a idosa suspira: "Hoje estou triste por ser americana".
Y.Zaher--SF-PST