
-
Charles III recorda o custo dos conflitos no 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial
-
China organiza os primeiros Jogos Mundiais de robôs humanoides
-
Imperador do Japão expressa 'profundo pesar' 80 anos após a Segunda Guerra Mundial
-
Talibãs celebram quarto aniversário de retorno ao poder no Afeganistão
-
Trump e Putin se reúnem no Alasca para debater o futuro da Ucrânia
-
Negociações sobre tratado mundial contra poluição por plásticos fracassam e terminam sem acordo
-
Palmeiras goleia Universitario (4-0) em Lima na ida das oitavas da Libertadores
-
Atmane vence Rune e vai às semifinais em Cincinnati
-
Ex-diretor da Pemex é detido nos EUA por caso Odebrecht
-
Governo argentino eleva número de mortos por fentanil contaminado
-
Gauff vence e vai enfrentar Paolini nas quartas do WTA 1000 de Cincinnati
-
Moraes pede data para julgamento de Bolsonaro
-
Botafogo vence LDU (1-0) em casa pela ida das oitavas da Libertadores
-
Sinner atropela Auger-Aliassime e vai às semis em Cincinnati
-
Agora na MLS, Thomas Müller quer seguir conquistando títulos
-
Mastantuono lembra Di Stefano em sua apresentação no Real Madrid
-
Trump promete envolver Ucrânia em negociações e não se deixar intimidar por Putin
-
Sinner atropela Auger-Aliassime e vai às semifinais em Cincinnati
-
Rubio volta a chamar governo da Venezuela de 'organização criminosa'
-
Apple refuta acusação de Musk de favorecer OpenAI
-
Los Angeles 2028 venderá 'naming rights' de sedes olímpicas pela 1ª vez na história
-
Gauff vence Bronzetti e vai às quartas do WTA 1000 de Cincinnati
-
Trump considera necessária cúpula com Zelensky para alcançar paz na Ucrânia
-
Estado de exceção propiciou torturas e abusos em Honduras, segundo ONG
-
Ataques israelenses deixam ao menos 17 mortos em Gaza
-
Macron pede texto à altura da urgência para tratado sobre plásticos
-
Ex-diretor de estatal mexicana Pemex é detido nos EUA por caso Odebrecht
-
CK Hutchison diz que atraso na venda dos portos do Canal do Panamá não é 'problemático'
-
Sul da Europa é consumido por incêndios e onda de calor
-
Países árabes condenam declarações de Netanyahu sobre 'Grande Israel'
-
Putin e Trump discutirão soluções para o conflito na Ucrânia em reunião no Alasca
-
Pacto entre França e Reino Unido atormenta imigrantes, sem frear as travessias
-
Buscas por migrantes desaparecidos perto da ilha de Lampedusa continuam
-
Morre aos 102 anos o grande mestre do chá japonês Sen Genshitsu
-
Jantar com desconhecidos: uma iniciativa para combater a polarização na Áustria
-
Premiê britânico recebe Zelensky em Londres na véspera da cúpula Trump-Putin
-
Kremlin: Putin e Trump falarão sobre Ucrânia e segurança internacional
-
Justiça sul-coreana decide que 'Baby Shark' não é plágio
-
Surto de cólera deixa pelo menos 40 mortos no Sudão
-
Bolsonaro pede absolvição em alegações finais no processo por tentativa de golpe
-
Flamengo vence Inter (1-0) na ida das oitavas da Libertadores
-
Alcaraz atropela Nardi e avança às quartas de final de Cincinnati
-
Palmeiras visita Universitario em Lima pela ida das oitavas da Libertadores
-
Taylor Fritz é eliminado por Terence Atmane no Masters 1000 de Cincinnati
-
Sabalenka vence Bouzas e vai às quartas de final do WTA 1000 de Cincinnati
-
Bitcoin bate novo recorde e supera os US$ 124 mil
-
EUA sanciona brasileiros por relação com programa Mais Médicos
-
Rebeca Andrade decide não disputar Mundial de Ginástica Artística de 2025
-
NBA aprova venda do Boston Celtics por US$ 6,1 bilhões
-
Sinner vence Mannarino após paralisação e avança às quartas em Cincinnati

Bernardo Arévalo é eleito presidente da Guatemala com forte discurso anticorrupção
O socialdemocrata Bernardo Arévalo, que promete uma luta ferrenha contra a corrupção, venceu as eleições presidenciais da Guatemala, de acordo com os resultados oficiais após a contagem de 95% das mesas de votação.
"Felizmente, já temos uma tendência extremamente importante", disse a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Irma Palencia, ao anunciar que Arévalo obteve 59% dos votos, enquanto sua rival, a ex-primeira-dama Sandra Torres, obteve 36%.
O presidente da Guatemala, o direitista Alejandro Giammattei, reagiu rapidamente. "Parabenizo também Bernardo Arévalo e estendo o convite para iniciar uma transição ordenada no dia seguinte à oficialização dos resultados", disse em sua conta na rede social X, antigo Twitter.
"A vitória de Arévalo significa uma derrota para a velha política, para o governo e para os nostálgicos da Guerra Fria. Um período diferente começa para o nosso país e será necessário uma mobilização para uma transição pacífica", afirmou o analista independente Miguel Ángel Sandoval à AFP.
Quase 3.500 centros de votação funcionaram normalmente durante o dia, e não foram relatados "incidentes significativos", disse a presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Irma Palencia, que afirmou que houve uma "participação histórica".
Filho de um presidente que deixou sua marca, Arévalo era visto como o favorito na corrida presidencial na Guatemala. Líder do partido Semilla, sua vitória ampla é atribuída ao fato de ter gerado esperanças de mudança em um país imerso em pobreza, violência e corrupção, fatores que levam milhares de guatemaltecos a migrar a cada ano.
Porém, ele é visto com apreensão pela elite política e empresarial que governa o país e é acusada de corrupção. O Ministério Público tentou tirá-lo da disputa para impedir sua chegada ao poder.
- "Serão tempos complexos" -
"A experiência diplomática e parlamentar fornecem [a Arévalo] uma base de conhecimento e experiência para formar uma ampla equipe de governo. Isso aumenta a sua legitimidade", afirmou Francisco Rojas, reitor da Universidade para a Paz da Costa Rica, à AFP.
"Será necessário ver se Sandra Torres reconhece a derrota, mas haverá um período longo antes da posse [em 14 de janeiro de 2024]. Serão tempos complexos", acrescentou.
Torres contou com o apoio silencioso de Giammattei e da poderosa elite empresarial aliada ao governo.
Ela lidera a Unidade Nacional da Esperança (UNE), um partido de centro-esquerda que nos últimos anos se inclinou para a direita. Torres é socialmente conservadora, mas ao mesmo tempo promete ajuda direta aos pobres, que representam 60% da população.
À tarde, Torres denunciou "algumas irregularidades" durante a votação. Desde sexta-feira, a candidata questionou o processo de contagem de votos e pediu que a justiça garantisse a "transparência" do segundo turno. Além disso, ela denunciou supostas "ações intrusivas" e "racistas" de observadores da União Europeia.
"Lamento muito essas declarações [de Torres], principalmente porque são infundadas. Ela não apresenta provas, apenas faz afirmações sem fundamento, o que basicamente não fortalece o processo", disse à AFP o analista político Edgar Ortiz.
Torres também recebeu o apoio silencioso de vários partidos de direita, pastores evangélicos e o Ministério Público, que tentou desqualificar o partido Semilla de Arévalo.
"As forças tradicionais apostaram em Torres, já que Arévalo é visto como um risco para a continuidade do sistema", disse à AFP o analista político Arturo Matute.
- Manobras judiciais -
A Suprema Corte anulou definitivamente na sexta-feira a ordem de um juiz para desqualificar o Semilla.
Com 64 anos e sociólogo, Arévalo é filho do primeiro presidente eleito democraticamente na Guatemala, Juan José Arévalo (1945-1951), e promete seguir o caminho de seu pai com uma agenda social e de mudança forte.
Além da campanha contra o Semilla, o Ministério Público conduz há alguns anos uma campanha contra jornalistas e funcionários judiciais que combateram a corrupção, tendo detido ou forçado ao exílio cerca de trinta deles.
Analistas apontam que a Guatemala está vivendo um retrocesso em direção ao autoritarismo como reação ao estabelecimento da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), uma entidade criada pela ONU que investigou a corrupção governamental entre 2007 e 2019.
Em 2019, o então presidente de direita, Jimmy Morales, encerrou a CICIG, e Giammattei não quis ressuscitá-la.
- "Candidata da mentira" -
No entanto, a ex-primeira-dama, de 67 anos, tentou enfraquecer seu adversário afirmando que ele é ateu - embora ele seja católico como ela - e que ele deseja legalizar o aborto, uniões entre pessoas do mesmo sexo e drogas. Ela também chamou os seguidores do Semilla de "huecos" (termo pejorativo para se referir a homossexuais).
Ela assegura que Arévalo planeja expropriações e que transformará a Guatemala "em uma Venezuela e em uma Cuba".
Arévalo definiu a adversária como "a candidata da mentira e desinformação".
N.Shalabi--SF-PST