Sawt Falasteen - 'Adolescência' e 'O Estúdio' cotadas para ganhar em grande estilo no Emmy

'Adolescência' e 'O Estúdio' cotadas para ganhar em grande estilo no Emmy
'Adolescência' e 'O Estúdio' cotadas para ganhar em grande estilo no Emmy / foto: Robyn Beck - AFP/Arquivos

'Adolescência' e 'O Estúdio' cotadas para ganhar em grande estilo no Emmy

A bem-sucedida minissérie "Adolescência", sobre um jovem homicida, e a sátira do mundo de Hollywood "O Estúdio" estão cotadas para serem as grandes vencedoras do Emmy Awards, que acontece neste domingo (14) em Los Angeles, um prêmio para a televisão equivalente ao Oscar do cinema.

Tamanho do texto:

A disputa pelo cobiçado prêmio de melhor série de drama deve ser entre o thriller de ficção científica da Apple TV+ "Ruptura" e a série médica da HBO "The Pitt". Mas, segundo especialistas, este ano a disputa está acirrada demais para se fazer previsões.

A cerimônia de premiação começa às 17h00 locais (21h00 de Brasília).

O sucesso televisivo mais comentado do ano, "Adolescência", é um claro favorito para levar o prêmio de melhor minissérie.

Com 140 milhões de visualizações nos primeiros três meses na Netflix, a minissérie conta a história de um jovem de 13 anos detido como suspeito do assassinato com uma faca de uma colega de classe.

É "inconcebível imaginar alguma maneira pela qual 'Adolescência' possa perder na noite do Emmy", escreveu John Ross, da Vanity Fair.

Cada um dos quatro episódios foi gravado em uma única tomada impressionante e, juntos, formam uma análise oportuna e trágica do impacto da masculinidade tóxica nos jovens.

O programa recebeu críticas positivas e foi o centro de inúmeros debates.

Uma vitória na categoria minissérie seria a segunda consecutiva para as sombrias produções audiovisuais britânicas da Netflix, depois de "Bebê Rena", no ano passado.

Na categoria de melhor comédia, "O Estúdio" surge como um favorito indiscutível.

Com um de seus co-criadores, Seth Rogen, interpretando Matt Remick, um executivo do cinema em dificuldades, a saga é ao mesmo tempo uma carta de amor a Hollywood e uma sátira ardente das muitas inseguranças, hipocrisias e falhas morais da indústria.

Com suas 23 indicações, alcançou o maior número para uma comédia em um único ano e já ganhou nove estatuetas no fim de semana passado na cerimônia das categorias mais técnicas do Emmy.

Um dos episódios mais assistidos mostra uma cerimônia de premiação em Hollywood, na qual quase todos os vencedores agradecem ao subordinado de Remick, Sal Saperstein (Ike Barinholtz), em vez do próprio chefe. E neste domingo podem surgir várias referências a esse capítulo.

- Final dramático? -

O momento mais intrigante da cerimônia parece destinado ao anúncio do prêmio de melhor série de drama, geralmente o último da noite.

"Ruptura", um drama psicológico ambientado nos escritórios de uma sombria corporação em um futuro próximo, tem 27 indicações, mais do que qualquer outra este ano.

A premissa da produção é que os funcionários da Lumon Industries literalmente deixam suas vidas pessoais, memórias e personalidades na porta do trabalho e ativam sua versão "innie" — seu "eu" apenas para trabalhar — graças a uma nova tecnologia distópica que divide a mente.

Estrelada por Adam Scott, a aclamada primeira temporada do programa perdeu em 2022 para "Succession" na noite do Emmy, mas a segunda temporada deste ano seria a favorita na categoria.

Em seguida, veio "The Pitt", um drama médico originalmente concebido como uma sequência do sucesso "ER: Plantão Médico" e que imita grande parte da série.

Os 15 episódios se passam durante o mesmo turno insuportavelmente estressante em um hospital no centro de Pittsburgh.

Com temas que vão desde o direito ao aborto até tiroteios em massa, tornou-se uma sensação.

O veterano de "ER", Noah Wyle, está pronto para competir com Scott pelo prêmio de melhor ator em série de drama por seu papel como o atormentado líder da ala de emergência.

- "Celebrando a televisão" -

Em momentos políticos polarizados, a Academia de Televisão, que concede os prêmios Emmy, está decidida a se manter longe de controvérsias.

"Estamos definitivamente celebrando a televisão", disse o produtor da cerimônia, Jesse Collins, ao Deadline na quinta-feira.

"Ninguém está tentando sair desse caminho. Queremos que todos simplesmente se divirtam durante três horas", disse ele.

O apresentador da gala, Nate Bargatze, até já pensou em como manter as coisas sob controle.

O comediante prometeu doar 100 mil dólares (536,7 mil reais na cotação atual) do seu próprio bolso para a Boys & Girls Clubs of America.

O truque? Ele tirará 1.000 dólares (5,3 mil reais na cotação atual) por cada segundo que o discurso de um vencedor exceder os 45 segundos permitidos.

Q.Jaber--SF-PST