
-
Congresso de El Salvador alinhado a Bukele aprova reeleição presidencial indefinida
-
Trump assina decreto que eleva tarifas a produtos de dezenas de países
-
Jihadista sueco é condenado à prisão perpétua por queimar vivo piloto jordaniano
-
Criador de 'Peaky Blinders' escreverá novo filme de James Bond
-
O que muda com as tarifas de Trump e que países elas afetam
-
Gauff vence Kudermetova de virada e vai às oitavas do WTA 1000 de Montreal
-
Google perde apelação em caso Epic Games e deve abrir Android para lojas rivais
-
Real Madrid anuncia transferência do zagueiro Jacobo Ramón para o Como
-
Cerúndolo vence Etcheverry em duelo argentino e vai às oitavas do Masters 1000 de Toronto
-
Benfica vence Sporting (1-0) e conquista Supertaça de Portugal
-
Academia do Oscar elege produtora de 'Nasce uma estrela' como presidente
-
Lateral-direito português Nelson Semedo assina com Fenerbahçe
-
Operários encontram múmia pré-hispânica em Lima
-
Piastri quer disparar rumo ao título em Budapeste, palco de sua 1ª vitória na F1
-
Trump expressa 'descontentamento' por reconhecimento internacional de Estado palestino
-
Game 'Battlefield 6', rival de 'Call of Duty', será lançado em 10 de outubro
-
Jihad Islâmica publica vídeo de refém israelense
-
Justin Timberlake revela que foi diagnosticado com doença de Lyme
-
Aclamado dramaturgo americano Robert Wilson morre aos 83 anos
-
Osimhen assina em definitivo com o Galatasaray por 75 milhões de euros
-
Enviado de Trump visitará Gaza na sexta-feira para inspecionar distribuição de ajuda
-
Marchand conquista ouro após quebrar recorde mundial de natação; Summer McIntosh volta a vencer
-
Estudos sobre mundo árabe estão no centro da ofensiva de Trump contra universidades
-
Zelensky pressiona por 'mudança de regime' na Rússia após bombardeio mortal em Kiev
-
Frédéric Vasseur renova como chefe da escuderia Ferrari em F1
-
Luis Díaz se diz "muito feliz" em sua apresentação ao Bayern de Munique
-
Estrela do MMA Conor McGregor tem recurso por condenação por estupro rejeitado
-
Brasil considera situação tarifária com EUA 'mais favorável' do que o esperado
-
Trump adia aumento das tarifas ao México por 90 dias
-
Aubameyang está de volta ao Olympique de Marselha
-
Barça goleia FC Seoul (7-3) em amistoso na Coreia do Sul
-
Número de vítimas de explosivos dispara na Colômbia por ataques com drones
-
Verstappen confirma que vai continuar na Red Bull na próxima temporada
-
Enviado de Trump chega a Israel, sob pressão pela guerra em Gaza
-
Socorristas abandonam busca pelo corpo da alpinista Laura Dahlmeier
-
Aterrorizados com batidas, imigrantes de Los Angeles se trancam em casa
-
Vítimas de explosivos disparam na Colômbia por ataques com drones
-
Lucas Paquetá é absolvido de suposta infração de regras de apostas
-
O que acontecerá com o ex-presidente Uribe após sua condenação na Colômbia?
-
Enviado de Trump chega a Israel enquanto Gaza enterra dezenas de mortos
-
Do TikTok ao Instagram, Vaticano promove 'missionários digitais'
-
Ucrânia restabelece a independência de órgãos anticorrupção
-
Trump celebra tarifas: 'Tornam os EUA grandes e ricos de novo'
-
Zelensky pressiona para 'mudança de regime' na Rússia após bombardeio mortal em Kiev
-
Suécia exige que UE congele parte comercial de acordo de associação com Israel
-
Governo da Nicarágua investiga comandante sandinista histórico por corrupção
-
Opositores e policiais entram em confronto em meio à crise eleitoral em Honduras
-
Trump anuncia tarifas ao Brasil e Índia e acordo com a Coreia do Sul
-
Canadá anuncia intenção de reconhecer Estado palestino em setembro
-
Milhões de pessoas voltam para casa após fim de alertas de tsunami no Pacífico

O cérebro humano, novo campo de batalha do século XXI
E se os exércitos tivessem que se preparar para conflitos em que o campo de batalha são as mentes dos cidadãos, bem distantes das operações clássicas de influência? Essa é a ideia por trás do conceito de guerra cognitiva, levado muito a sério pelos comandantes militares ocidentais.
O termo abrange fenômenos tão variados quanto a recente campanha do TikTok em favor da extrema direita romena, a misteriosa síndrome de Havana que afetou diplomatas americanos em 2016 ou as manobras da China para promover a unificação com Taiwan.
O fio condutor desses eventos díspares? O cérebro humano, mais acessível do que nunca graças à hiperconectividade de nossas sociedades.
"É o novo campo de batalha do século XXI", resume o tenente-coronel da reserva francês François du Cluzel, autor de um relatório da Otan sobre o assunto.
"Trata-se de enfraquecer um adversário sem se engajar formalmente em combate. É uma guerra de baixa intensidade", aponta.
"Buscamos mudar a maneira como as pessoas pensam. Brincamos com a atenção, a linguagem, o aprendizado, a memória, as percepções e o pensamento. Todo o conjunto de mecanismos de conhecimento", explica.
Um exemplo é a rede social de vídeos TikTok, cuja matriz, a Bytedance, presta contas ao Partido Comunista da China e enfraquece os jovens "ao desencorajá-los a ler".
"Seja o TikTok na China ou o X nos Estados Unidos: quem controla o algoritmo controla a narrativa", destaca Axel Ducourneau, antropólogo e especialista em Engenharia Social do Estado-Maior das Forças Armadas da França.
No entanto, ele sustenta que "a guerra cognitiva é manipulação em uma escala muito maior".
- "Real ou não" -
As campanhas de desinformação são apenas uma tática entre outras dentro de uma estratégia muito mais ampla, que pode utilizar outras tecnologias, como imagens subliminares ou mesmo ondas eletromagnéticas, para impactar diretamente no cérebro.
Esta é uma das hipóteses levantadas para a síndrome de Havana, que afetou dezenas de diplomatas americanos em Cuba em 2016.
Dores de cabeça, zumbido, incapacidade de concentração, perda da capacidade cognitiva: o impacto foi muito concreto. O caso teve um efeito bola de neve.
Milhares de outras pessoas acreditaram ter sido afetadas, e recursos consideráveis tiveram que ser mobilizados para comprová-la, diz James Giordano, neurocientista ligado à investigação, embora esclareça que fala a título pessoal.
"A ambiguidade produzida por esse tipo de operação gera confusão, questiona se é real ou não", argumentou Giordano, diretor do Centro de Tecnologias Disruptivas e Guerras Futuras da Universidade de Defesa Nacional, em Washington.
- Democracias vulneráveis -
China e Rússia vêm explorando a questão há muito tempo.
"A doutrina militar chinesa integra três espaços: espaço físico (terra, ar, mar e espaço), ciberespaço e espaço cognitivo", observa Du Cluzel.
Quanto aos russos, "entendem há muito tempo sobre o uso de seres humanos para fins políticos".
Regimes democráticos são mais vulneráveis porque, em princípio, proíbem manobras que vão além da influência.
"Nós, democracias liberais, não vamos trabalhar — pelo menos abertamente — com armas que alteram a percepção, enquanto nossos adversários não têm preocupações éticas", acrescenta.
Como podemos nos proteger disso, considerando que essas manobras quase sempre são descobertas quando é tarde demais?
É necessário identificar as vulnerabilidades das sociedades e levar os cidadãos a um estágio avançado de pensamento crítico, a "metacognição", uma forma de se distanciarem de seus próprios pensamentos e emoções, aponta Ducourneau.
A Suécia, por exemplo, criou uma "Agência de Defesa Psicológica" em 2022 para identificar ameaças e coordenar os esforços das partes envolvidas nas esferas pública, privada, civil e militar.
A.AlHaj--SF-PST