
-
João Fonseca estreia com vitória e avança à 2ª rodada do US Open
-
'Mayo' Zambada, cofundador do cartel de Sinaloa, se declara culpado nos EUA
-
Medvedev 'precisa de ajuda' após eliminação na 1ª rodada do US Open, diz Boris Becker
-
Morte de jornalistas em bombardeio israelense em Gaza gera condenações internacionais
-
Mortes de jornalistas em bombardeio israelense em Gaza gera condenações internacionais
-
Primeiro-ministro da França pedirá voto de confiança em 8 de setembro
-
Trump estuda se reunir com Coreia do Norte e surpreende líder da Coreia do Sul
-
Sensação após título no Canadá, Mboko cai na estreia no US Open
-
Médica e lutadora: a vida dupla de Shi Ming, estrela chinesa do UFC
-
Musk processa Apple e OpenAI por supostas práticas anticompetitivas
-
Cinco jornalistas morrem em ataque israelense contra hospital em Gaza
-
Immobile sofre lesão na coxa e desfalcará o Bologna por 2 meses
-
Salvadorenho símbolo de política migratória de Trump é preso nos EUA para ser deportado a Uganda
-
Salvadorenho símbolo de política migratória de Trump volta a ser preso nos EUA
-
Independiente expulsa sócios envolvidos em briga na Sul-Americana
-
Ataque israelense contra hospital de Gaza deixa 20 mortos, incluindo cinco jornalistas
-
Lucy, célebre ancestral humana, é exposta pela primeira vez na Europa
-
Conheça os principais filmes da 82ª edição do Festival de Veneza
-
'Mayo' Zambada, cofundador do cartel de Sinaloa, pronto para se declarar culpado nos EUA
-
Ataque israelense contra hospital de Gaza deixa 15 mortos, incluindo quatro jornalistas
-
Refugiados rohingyas depositam suas esperanças em Bangladesh para voltarem para casa
-
Veneza recebe estrelas para seu festival de cinema
-
China intensifica uso de carvão para gerar energia apesar do avanço das fontes renováveis
-
Deputados do Camboja aprovam lei que permite retirada de cidadania
-
Sobrevivente de assassinato com refeição envenenada na Austrália diz estar "meio vivo"
-
Bombardeio israelense deixa seis mortos no Iêmen, segundo rebeldes huthis
-
Djokovic sofre mas vence em sua estreia no US Open
-
Trump enfrenta democratas com planos de mobilização da Guarda Nacional
-
SpaceX cancela voo de teste do megafoguete Starship
-
Zelensky insiste em se reunir com Putin diante de estancamento de conversas de paz
-
Real Madrid vence Oviedo (3-0) com dois gols de Mbappé e um de Vini Jr
-
Juventus e Como se juntam ao Napoli na liderança do Italiano
-
Milhares de pessoas participam de manifestação pró-palestinos em Copenhague
-
Grupo de rap Kneecap critica situação em Gaza durante show em Paris
-
Giroud marca nos acréscimos e Lille vence Monaco na 2ª rodada da Ligue 1
-
França convoca embaixador dos EUA após comentários sobre antissemitismo
-
Sabalenka estreia forte em sua defesa do título do US Open
-
Villarreal goleia Girona (5-0) e assume liderança provisória do Espanhol
-
Bombardeio israelense deixa quatro mortos no Iêmen (rebeldes)
-
Ben Shelton evita sustos e vence em sua estreia no US Open
-
Embaixador dos EUA na França denuncia 'falta de ações' de Macron contra antissemitismo
-
Vice-presidente dos EUA diz que Rússia fez 'concessões significativas' sobre Ucrânia
-
Manchester United volta a decepcionar; Everton vence em seu novo estádio
-
Hamburgo empata com Gladbach (0-0) em seu retorno à Bundesliga
-
Escavadeiras arrancam centenas de árvores de palestinos na Cisjordânia
-
Índia planeja grande corte de impostos diante da ameaça tarifária de Trump
-
Bombardeio israelense contra rebeldes huthis deixa ao menos dois mortos no Iêmen
-
Raducanu vence sua primeira partida no US Open desde o título de 2021
-
Afastado pelo Olympique de Marselha, Jonathan Rowe assina com Bologna
-
Trump planeja enviar Guarda Nacional para Chicago, segundo imprensa

A cruzada cultural de Donald Trump nos Estados Unidos
Desde seu retorno à Casa Branca, Donald Trump realiza uma cruzada cultural para determinar também o conteúdo do maior complexo museológico dos Estados Unidos, o prestigioso Smithsonian de Washington.
Antes, o presidente republicano já havia protagonizado uma manobra sem precedentes ao assumir o controle do Kennedy Center, uma renomada instituição cultural da capital americana, para acabar com o que considera "cultura woke".
Agora é a vez do Smithsonian, com sua tradição de quase dois séculos e seus 21 museus dedicados em grande parte à história americana e distribuídos pelo Mall, a imensa esplanada verde do coração turístico de Washington.
Em um decreto intitulado "Restaurar a verdade e a razão na história dos Estados Unidos", o bilionário nova-iorquino acusa o complexo de fazer parte de um "movimento revisionista" e de realizar um "doutrinamento ideológico" baseado em narrativas "distorcidas" e "divisivas".
Sua ambição é transformá-lo em "símbolo da grandeza dos Estados Unidos".
- "Declaração de guerra" -
"É uma declaração de guerra contra os historiadores e os museus", diz à AFP David Blight, presidente da Organização de Historiadores Americanos (OAH).
"É arrogante e assustador que pretendam ter o poder e o direito de dizer o que realmente é a história e como ela deve ser exposta, escrita e ensinada", lamenta este professor de história americana da Universidade de Yale.
Quase dois terços do orçamento anual de cerca de um bilhão de dólares (5,7 bilhão de reais) do Smithsonian vêm de fundos federais.
"Mas o governo nunca havia participado na decisão do que é apropriado ou inapropriado expor", indica à AFP Robert McCoy, professor de História na Universidade do Estado de Washington.
"Nenhum presidente havia tentado controlar antes", acrescenta McCoy.
Em seu decreto, Trump deu instruções, por exemplo, para "proibir gastos em exposições que denigram os valores americanos compartilhados" e "dividam os americanos por motivos raciais".
A presidente da ONG Southern Poverty Law Center, Margaret Huang, considera isso "a tentativa final de apagar nossa história" e "disfarçar de patriotismo o racismo e a supremacia branca".
"A história afro-americana faz parte da história americana. A história das mulheres faz parte da história dos Estados Unidos. A história deste país é ao mesmo tempo horrível e bela", escreveu.
O ataque de Trump às memórias plurais está alinhado com sua ofensiva contra a diversidade, que começou assim que voltou ao poder, e se estende até aos temas de pesquisa.
O Smithsonian "se transformou, como nossa sociedade e nossa cultura, e se tornou muito mais diverso. As histórias que conta são mais complexas, diversificadas e inclusivas", afirma McCoy.
- "História tendenciosa" -
Inaugurado em 2016, o último museu do complexo é dedicado à história e cultura afro-americana.
Também está em desenvolvimento um museu dedicado às mulheres e outro aos latinos. O desafio é "nos ajudar a aprofundar o que significa ser americano", prossegue o historiador.
"Quando você perde isso, começa a marginalizar muitos grupos [...] Significa que o povo americano, e mais além, o mundo, verá exposto apenas um tipo de história patriótica particularmente estreita. É história tendenciosa", diz indignado Blight.
No mesmo decreto, Trump pede a seu governo para determinar se, desde 2020, "monumentos ou estátuas públicas foram removidos ou alterados para manter uma reconstrução errada da história americana" e, caso afirmativo, para restaurá-los.
Alguns deles, vinculados ao passado escravista do país, foram removidos dos espaços públicos após as manifestações antirracistas provocadas pela morte do afroamericano George Floyd por um policial branco naquele ano.
Para McCoy, os anúncios do republicano refletem, em certa medida, os trabalhos sobre as raízes dos regimes autoritários.
Controlar a narrativa histórica "é o que a URSS fez durante décadas", lembra Blight.
"Publicaram esta enciclopédia soviética. Nos Estados Unidos, supõe-se que não temos uma história oficial. Temos uma abordagem aberta e documentada dela, para explicar quem somos, a nós mesmos e ao mundo", afirma.
"O que os trumpistas parecem não entender", diz, "é que a maioria das pessoas é perfeitamente capaz de aprender uma história salpicada de conflitos."
N.AbuHussein--SF-PST