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Crime e desemprego, os desafios do próximo presidente do Equador
No emblemático parque Seminario de Guayaquil, capital econômica de Equador, o número de visitantes supera apenas o das iguanas que passeiam sob um calor escaldante. A violência que assola o país afugenta turistas locais e estrangeiros.
"Parece um cemitério já de tarde", lamenta Juan Carlos Pesantes, que há 16 anos vende doces e bebidas em um quiosque fora do parque.
A criminalidade e o colapso econômico são os maiores desafios enfrentados pelo segundo turno presidencial no domingo.
"Não há mais turistas", acrescenta. Ao seu redor fecharam vários locais e um hotel da cidade turística, hoje convertida em uma das mais violentas da América Latina.
Esse local, antes movimentado, agora fecha às 18h ao invés das 22h como antes. Em três anos, as receitas do vendedor se reduziram pela metade.
Embora a insegurança seja um dos freios ao crescimento econômico da nação de quase 18 milhões de habitantes, ela não é o único.
Os desafios são diversos para a economia equatoriana, que registrou recessão no terceiro trimestre de 2024: desigualdade social, falta de emprego, pouco investimento e desequilíbrio das finanças públicas desde a brusca queda dos preços do petróleo há dez anos.
Pesantes está "indeciso" entre o presidente Daniel Noboa, um milionário partidário do pulso firme contra o crime, e sua rival de esquerda, Luisa González, herdeira política do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).
"Não há confiança neles", explica na véspera do segundo turno.
- Trabalho informal -
Nos últimos anos, o Equador se tornou um local estratégico para o narcotráfico, por seus portos no Pacífico, economia dolarizada e por ser vizinho da Colômbia e Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo.
A taxa de homicídios disparou e aumentou o número de facções criminosas, com um efeito direto sobre a atividade econômica.
A violência está "afetando o consumo. A população tem menos chances de ir às ruas, a um restaurante, fazer uma compra, é arriscado", diz Albeto Acosta Burneo, analista econômico do grupo Spurrier.
Em um bairro popular de Guayaquil, Paola Valdivieso, funcionária de um salão de beleza, fala do "susto, do medo" que tem quando se deve andar "olhando para todos os lados".
A banana, um dos principais produtos de exportação junto ao petróleo, cacau, camarão e flores, também sofre com o crime organizado.
"Somos vítimas do narcotráfico", afirma à AFP Richard Salazar, diretor de um sindicato de bananeiros (Acorbanec). "Somos vítimas da criminalidade e do crime organizado com extorsões" e, apesar dos controles, os traficantes usam os grandes carregamentos de fruta para transportar cocaína, explica.
Em uma economia deprimida, o desemprego e o subemprego afetam quase 23% da população e a pobreza chega a 28%, segundo números oficiais.
Há "muita informalidade" no mercado de trabalho, com emprego mal remunerado e precário, diz Acosta Burneo.
Em uma praça central, o aposentado Gerardo Ortiz brinca ao apontar para seu "carro". Na verdade, é uma bicicleta enferrujada apoiada em uma árvore. Sua aposentadoria mensal de 280 dólares (1.644,00) dá apenas para "sobreviver", não para "viver bem", afirma o septuagenário.
- Investimentos necessários -
A falta de investimento "se reflete em uma economia que não cresce como deveria", segundo o analista da Spurrier.
Valdivieso lembra com medo os longos meses dos cortes de eletricidade de até 14 horas diárias, que atingiram o país no ano passado e levaram o salão de beleza a adquirir um gerador.
Essa situação inédita ocorreu por causa da seca, mas sobretudo à falta de capital novo no setor.
Para impulsionar a economia, os candidatos presidenciais sugerem soluções diferentes. "O projeto de Luisa González está inscrito dentro de um retorno ao Estado estratégico" mediante o desenvolvimento de infraestrutura e serviços públicos, segundo Christophe Ventura, especialista em América Latina do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas.
A postulante esquerdista defende um sistema tributário que imponha maior carga ao setor privado e planeja reduzir o IVA, que Noboa aumentou de 12 para 15%.
O candidato à reeleição aplica uma política econômica neoliberal, negociou um acordo comercial com o Canadá para impulsionar a indústria extrativista, tentou realizar a concessão a um fundo privado para a exploração de uma importante reserva de petróleo e propôs sem sucesso um referendo com reformas para cortar proteções trabalhistas.
P.Tamimi--SF-PST