-
Moderação, liberdade de tom e descanso às terças: papa Leão XIV consolida seu estilo
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustíveis
-
O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul
-
Divergências na UE ameaçam assinatura do acordo com o Mercosul
-
Peter Arnett, repórter vencedor do Pulitzer, morre aos 91 anos
-
UE debate uso de ativos russos para ajudar a Ucrânia
-
Justiça francesa condena à prisão perpétua anestesista que envenenou 30 pacientes
-
Premiê australiano promete erradicar ódio; país lamenta morte da vítima mais jovem do atentado de Sydney
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustívei
-
Camboja acusa Tailândia de bombardear área de fronteira; China tenta mediar conflito
-
Trump promete 'boom econômico' em 2026 para aplacar impaciência dos americanos
-
Governo dos EUA admite responsabilidade em colisão aérea que deixou 67 mortos
-
Jogador do Barcelona de Guayaquil é assassinado no Equador
-
Maiores destaques do esporte feminino em 2025
-
Diogo Jota, Geirge Foreman... as lendas que deixaram o esporte de luto em 2025
-
Luis Enrique elogia Filipe Luís: 'Tem nível para treinar na Europa'
-
Congresso do EUA põe fim às sanções contra a Síria
-
Real Madrid sobrevive contra time da 3ª divisão e vai às oitavas da Copa do Rei
-
Trump acompanha retorno de corpos de soldados mortos na Síria
-
Cresce o número de vítimas de minas terrestres na Colômbia
-
Amazon lança trailer de seu documentário sobre Melania Trump
-
Golaço de Cherki coloca City na semifinal da Copa da Liga Inglesa
-
Polícia procura segunda pessoa após ataque em universidade dos EUA
-
Como o bloqueio dos EUA impacta o petróleo da Venezuela?
-
PSG vence Flamengo nos pênaltis e é campeão da Copa Intercontinental
-
Plano de gastos de Trump receberá novas doações milionárias
-
Oscar será transmitido exclusivamente pelo YouTube a partir de 2029, diz Academia
-
Filho do cineasta Rob Reiner se apresenta à justiça pelo homicídio dos pais
-
Congresso do EUA aprova lei de defesa que desafia retórica de Trump sobre Europa
-
Copa abre nova rota para cidade venezuelana de Maracaibo
-
Congresso do Peru cede a protestos e amplia prazo para formalizar mineração artesanal
-
Zelensky diz que Rússia faz preparativos para novo 'ano de guerra'
-
Lula: se acordo UE-Mercosul não for aprovado 'agora', não será 'enquanto eu for presidente'
-
EUA envia militares ao Equador para combater o narcotráfico
-
Itália e França esfriam expectativa de assinatura do acordo UE-Mercosul no Brasil
-
Trump faz discurso televisionado para convencer os EUA de que 'o melhor ainda está por vir'
-
Seleção campeã da Copa de 2026 receberá prêmio de US$ 50 milhões
-
Venezuela afirma que exportações de petróleo continuam 'normalmente' após bloqueio de Trump
-
Luis Suárez renova com o Inter Miami por mais uma temporada
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e favorece proposta da Netflix
-
Starmer pressiona Abramovich a transferir dinheiro da venda do Chelsea para Ucrânia
-
María Corina Machado já saiu de Oslo, anuncia fonte próxima
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e dá preferência à proposta da Netflix
-
Foguete Ariane 6 completa com sucesso lançamento de dois satélites Galileo
-
Putin diz que Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia 'sem nenhuma dúvida'
-
Geração perdida da Ucrânia vive aprisionada em um 'eterno lockdown'
-
Museu do Louvre reabre parcialmente, apesar da greve
-
AIE: consumo mundial de carvão vai bater novo recorde em 2025
-
Ex-chefe de polícia neozelandês condenado à prisão domiciliar por pedofilia
-
Atentado em Sydney: atirador é acusado de 'terrorismo'
Morales vs. Arce, a disputa por trás dos protestos que paralisam a Bolívia
A Bolívia está parcialmente paralisada por causa de bloqueios rodoviários realizados desde 22 de janeiro por apoiadores do ex-presidente Evo Morales, impedido por magistrados a se candidatar novamente à Presidência.
Os protestos acirraram a disputa dentro do governo entre o ex-presidente e seu sucessor, Luis Arce, ex-aliado e hoje seu maior adversário em sua tentativa de voltar ao poder.
- Como os protestos começaram? -
No fim de dezembro, o Tribunal Constitucional inabilitou Morales como candidato presidencial para as eleições de 2025, alegando que a reeleição indefinida não é um "direito humano", como havia apontado em outra sentença de 2017.
A corte, cujos membros são considerados alinhados ao governo, também argumentou que o ex-dirigente de 64 anos já exerceu os dois mandatos que a Constituição permite.
Amparado nas reformas constitucionais que ele próprio promoveu, Morales ocupou a Presidência entre 2006 e 2019, quando foi forçado a renunciar, assediado pela crise que explodiu devido a uma suposta fraude eleitoral para conquistar um quarto mandato.
Após esta decisão recente, cocaleiros foram às ruas para exigir a renúncia dos juízes constitucionais que prorrogaram seus próprios mandatos diante da falta de um acordo no Congresso para convocar eleições judiciais no ano passado.
Eles também pedem a convocação o quanto antes da eleição de um novo tribunal.
"Enquanto os juízes atuais estiverem em seus cargos, a candidatura de Evo é inviável", afirmou a cientista política Ana Velazco.
Em sua opinião, Morales pretende que uma nova corte - formada por magistrados alinhados a ele - reverta a sentença, revivendo suas aspirações.
- Por que contra Arce? -
"Este conflito é a expressão de uma disputa travada dentro do partido do governo, uma disputa de quem vai ser indicado candidato", afirma Carlos Cordero, analista da privada Universidade Católica Boliviana.
Além dos juízes, os protestos têm como alvo o governo. No ano passado, Morales rompeu abertamente com Arce, que foi seu ministro da Economia e cuja candidatura ele impulsionou com êxito em 2020.
A disputa rachou a situação, que detém maiorias no Congresso.
A ala governamental do Movimento ao Socialismo (MAS) proclamou Arce candidato para 2025. Outro setor abraçou as pretensões de Morales.
A disputa é travada na justiça, no Legislativo e há uma semana nas ruas. Sem liderança única, a oposição ainda não se apresenta como uma opção sólida para 2025.
"Uma coisa era Evo como presidente, podendo gerenciar muitos recursos do Estado (...) aos quais agora não tem acesso, mas outra coisa é Evo dirigente. Quer mostrar que pode pôr o governo em xeque", afirma Ana Velazco.
O líder indígena acredita que Arce, de 60 anos, juízes e congressistas se aliaram para boicotar suas pretensões de voltar ao poder.
"O Governo não quer uma justiça para o povo, quer uma justiça submissa e submetida ao Poder Executivo para não respeitar a Constituição Política do Estado", afirmou Morales na rede social X.
- Qual é o impacto dos protestos? -
Com pedras, pedaços de pau e fogueiras, milhares de camponeses bloquearam 36 estradas, a maioria em Cochabamba, berço político de Morales.
As manifestações cortaram a ligação entre o leste e o oeste da Bolívia.
Em cidades como La Paz, já se sentem o desabastecimento e o alto preço de alguns produtos da cesta básica, como o frango.
Segundo o balanço do governo, três pessoas morreram bloqueadas pelos protestos, inclusive um bebê de nove meses com dengue que não conseguiu receber atendimento médico em Cochabamba.
Além disso, 32 policiais ficaram feridos em confrontos nas vias e 21 manifestantes foram detidos com explosivos.
O governo descartou o uso da força militar e culpou diretamente Morales. A ele só interessa "ir tirando tudo aquilo que interfere em sua obsessão de chegar novamente à Presidência", afirma Jorge Richter, porta-voz do governo.
- Há solução à vista? -
Às custas do governo, as forças divididas da situação no Congresso concordaram em dar início, nesta terça-feira, à discussão de um projeto de lei para convocar eleições judiciais.
O MAS vai chefiar uma comissão "interpartidária" com representantes da oposição, encarregada de preparar uma proposta para levar ao plenário do Legislativo em prazo indeterminado.
No entanto, os apoiadores de Morales mantêm a pressão.
Aqui "não está sendo reconhecida a prorrogação dos magistrados. Tampouco abordou-se ou acordou-se suspender os bloqueios", alertou o presidente da Câmara Alta, Andrónico Rodríguez.
R.Shaban--SF-PST